domingo, 18 de janeiro de 2015

GIRANDO COM A NOTICIA

“Quantas vezes Jesus nos chama para seguirmos  a sua Palavra e nós não ouvimos. Esse chamamento Ele o faz de várias formas. No entanto,  na nossa insignificância, não entendemos ou, simplesmente, não ouvimos. O ser humano, por exemplo, nunca está satisfeito com nada, sempre busca por algo, às vezes por extrema vaidade.  Uma simples visita a um hospital ou a uma pessoa enferma, pode fazer com que ouçamos o chamamento de Jesus para uma autoreflexão sobre tudo aquilo que somos, para onde queremos ir, por que desejamos isso ou aquilo se já temos muito, enquanto outros têm menos ou não têm nada. Pense nisso”.
Antônio Marcos



EXCLUSIVO
BALDONEDO DEFENDE ALIANÇA SUPRAPARTIDÁRIA PARA PLANEJAR O FUTURO DE BARROSO
Tucano nega agressividade nas campanhas locais do PSDB 


Baldonedo, ex-prefeito de Barroso
O ex-prefeito de Barroso, Baldonedo Arthur Napoleão (PSDB), defende uma aliança suprapartidária  de lideranças para planejar o futuro de Barroso. Segundo ele, a cidade tem um grande potencial que precisa ser explorado. Questionado sobre uma possível agressividade de seu partido nas eleições locais, o tucano negou que isso estivesse acontecendo. Disse, ainda, que uma terceira força política, apesar de não conseguir uma votação expressiva nas urnas, pode influenciar decisivamente no resultado de uma disputa majoritária no município, 





BLOG: Sem citar nominalmente siglas, que avaliação geral você faz dos partidos políticos existentes em Barroso ?
BALDONEDO: O sistema político brasileiro, do qual faz parte o sistema partidário, é antigo, viciado e não responde nem aos anseios da população, nem aos conceitos e princípios da  Ciência Política, resultando daí o descrédito da classe política e dos próprios partidos, a falta de legitimidade da representação política, a corrupção, a falta de profissionalismo na gestão pública, etc.. Há décadas, vem se falando da necessidade e da urgência da reforma política no Brasil, mas o fato é que as lideranças políticas, de todos os partidos e de um modo geral, principalmente, os Presidentes da República, que de fato comandam a maioria do Congresso Nacional, não têm demonstrado interesse no assunto. Assim, não é surpresa vermos em Barroso os partidos políticos, praticamente, se prestarem apenas a lançarem candidatos às diversas eleições. Temos em Barroso, praticamente, o mesmo que existe em todos os demais municípios. Não somos exceção. Os partidos não cumprem seu papel constitucional. O Poder Judiciário brasileiro, através dos Tribunais Eleitorais, há muito, avançaram brilhantemente na gestão do processo eleitoral. Somos referência no mundo, nesta área. Mas, no que diz respeito ao sistema partidário, estamos longe deste avanço. 

BLOG: Historicamente, a disputa pela Prefeitura de Barroso polariza-se entre dois candidatos ou partidos. Você vê possibilidades de mudança nesse quadro ?
BALDONEDO: Ainda não vejo espaço para o surgimento de uma terceira grande força capaz de mudar este quadro.  No entanto, a participação de uma terceira candidatura, mesmo  com pequenas  chances de vitória, tem sido fator de definição do resultado final das eleições. 

BLOG: O PT foi reeleito para a Presidência da República e vai, também, governar Minas. Diante desse quadro, qual a sua opinião sobre o Partido dos Trabalhadores de Barroso na disputa municipal?
BALDONEDO: O PT de Barroso tem, pela primeira vez, uma enorme chance de crescer.  Vai depender de que benefícios os deputados petistas mais votados aqui carrearão para o nosso município e de como vão fazê-lo.  Sei que a presidente Verinha, do PT local, barrosense que tem demonstrado grande vocação política e que foi uma excelente vereadora e presidente da Câmara, tem consciência de seu novo papel de representante dos governos estadual e federal em Barroso, juntamente com seus deputados e está muito empenhada nesta tarefa.  Pelo bem da população e do município, ela tem meus votos de sucesso.

BLOG: Fala-se que, no interior, na eleição majoritária,  as pessoas votam no candidato e raramente nos partidos. Qual a sua opinião sobre isso ?
BALDONEDO: Concordo. Nas pequenas cidades, prevalece o relacionamento e o conhecimento pessoal.

BLOG: Alguns importantes militantes do PSDB de Barroso confidenciaram que estão preocupados com a agressividade das campanhas tucanas no município. Segundo eles, essa postura vem refletindo negativamente nas urnas. Em entrevista recente a este blogger, o presidente do PSDB local, Reinaldo Gambá, preferiu não comentar. Disse, apenas:  “No nosso meio não tenho esta avaliação, isto nunca foi discutido ou debatido...”. Qual a sua posição ?
BALDONEDO: Concordo com o Reinaldo. Nem existe agressividade nas campanhas tucanas e nem eu vejo membros do Partido falarem a respeito.  Por isto, não há como ligar uma coisa que não existe a resultados eleitorais.   Isto não tem sentido. O que há no PSDB e nos seus Partidos aliados é uma imensa e vigorosa vontade de ajudar Barroso a ter bons projetos para o seu futuro e a recuperar o tempo perdido. 

BLOG: Muito embora não deveria ser esse o caminho, quando um candidato decide disputar uma eleição majoritária ele deve entender que irá atacar e será atacado, inclusive em níveis que causam repúdio aos eleitores e a ele mesmo ? 
BALDONEDO: É como você disse na pergunta, “não deveria ser esse o caminho”. Política é a ciência e a arte do interesse público. O que  os eleitores querem ver são as propostas, projetos, programas e planos para a solução de seus problemas e a exploração do potencial de desenvolvimento do município no curto, médio e longo prazo. Quer ver seus representantes trabalhando diuturnamente na Prefeitura e na Câmara. Uma coisa é a cobrança do que foi prometido e não realizado, é a cobrança do respeito aos eleitores pobres, do comportamento ético, da probidade, da honestidade, do compromisso com o povo. Outra coisa é o ataque pessoal, a tentativa maldosa de desconstrução da imagem de adversários tidos como fortes.  Esta é a prática política dos mais fracos. É o lado podre e atrasado da política. 

BLOG: Falando em divergências políticas, no passado, nomes importantes da história de Barroso, como Geraldo Napoleão e Epifânio Barbosa (Pipiu), apesar de defenderem ideais partidários diferentes, preservaram e conservaram  o respeito e uma grande amizade. Foi assim até o fim dos tempos. Na sua opinião, isso é possível nos dias atuais ? 
BALDONEDO: Sim. Defendo uma grande aliança de lideranças barrosenses, que colocam  o interesse de Barroso acima de partidos e de possíveis divergências circunstanciais para a elaboração e a execução de um grande projeto para o futuro de nossa terra. Barroso precisa disso. Barroso, como eu sempre disse, é um município pequeno, mas não pode ser administrado da mesma forma como os demais de seu tamanho. Barroso tem um imenso potencial a ser explorado. Entendo que são ilimitadas as possibilidades de crescimento e desenvolvimento de nosso município e isto só depende de visão política, comprometimento, e muito trabalho. Os fatores econômicos para o crescimento e o desenvolvimento estão aí, mais fortes do que nunca, como privilégios que Deus nos deu. E a população espera que suas lideranças façam a sua parte. 

BLOG: No meio político comenta-se que a vida de um homem público deixa de ser dele quando se torna um grande líder, ou seja passa a ser norteado pelo seu grupo político-partidário. Por outro lado, esse mesmo líder, na sua opinião, tem um limite de ação, a hora de parar, não levando-se em conta, óbvio, a família, a saúde e a idade, mas apenas o interesse pela política e pelo poder ?
BALDONEDO: Os verdadeiros líderes não são líderes de si mesmos. A população é que escolhe os seus líderes. E esta questão de liderança política, fundamental e natural na sociedade humana, pertence ao mundo político, não se limita a questões familiares, de idade e, muitas vezes, nem a questões de saúde. A História está cheia de exemplos disso.

BLOG: Na sua opinião, qual o grande erro que um líder político não pode cometer ? 
BALDONEDO: O da traição ao interesse público. O líder político é produto da vontade popular e ele jamais poderá traí-la. Jamais poderá  deixar de defender o interesse público. 

BLOG: Como você avalia a Lei de Responsabilidade Fiscal ?
BALDONEDO: Foi uma das maiores contribuições que o presidente Fernando  Henrique Cardoso deu ao Brasil. A Administração Pública virou outra depois  desta Lei, que impôs limites aos  gestores, em benefício da população. Pena que nada mais do quilate desta Lei foi feito no País. Sei que se o Aécio fosse eleito, ele daria continuidade a este processo de modernização e profissionalismo de nossa Administração Pública. 

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