BARROSO CONTINUA SEM PROMOTOR TITULAR
Deficiência foi destacada pelo juiz Parcekiam, ano passado
Juiz Pedro Parcekiam |
Doze anos após ser instalada (04.09.2002), a Comarca de Barroso continua sem um promotor titular. A informação foi confirmada nesta sexta (25) pela advogada Kelle Silva, uma das coordenadoras da Semana de Conciliação, durante entrevista concedida ao Contato Direto da Rádio Sucesso. “Ainda há essa deficiência; inclusive não encontra-se ainda um promotor titular. Está para vir uma promotora, mas a gente nem sabe se vai ser titular ou não”, disse.
A falta de um promotor titular em Barroso foi destacada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de São João Del Rei, Pedro Parcekiam, em entrevista exclusiva ao GIRANDO COM A NOTÍCIA, publicada em 14 de outubro de 2013. À época, o magistrado presidia interinamente a Comarca, período em que a juíza titular, Valéria Pôssa Dornelas, encontrava-se em licença maternidade.
Na ocasião, Parcekiam disse que a Comarca de Barroso “não é complicada”, mas que “já merecia uma atenção maior do Ministério Público e da Defensoria Pública”.
A primeira Semana de Conciliação em Barroso acontecerá de 02 a 06 de junho. A OAB e o Judiciário acreditam que o mutirão poderá destravar cerca de três mil processos da área cível, que encontram-se “parados” na Comarca. A exemplo do que ocorre no Judiciário de Minas e de todo o País, o número reduzido de funcionários é um dos motivos do acúmulo de processos.
RETALIAÇÃO
No momento em que o comando do 9º Batalhão PM reúne a imprensa de Barbacena para estreitar sua parceria com os meios de comunicação, jornalistas e repórteres para dar maior transparência e dinamismo aos noticiários policiais, o jornal e o site Barroso em Dia mostram-se “indignados” com o “comportamento” da Polícia Militar de Barroso que, segundo o editorial publicado no quinzenário deste sábado (26), vem dificultando o repasse de informações de fatos ocorridos no município. Ainda segundo o editorial, a “retaliação” teve início a partir da cobertura jornalística da ação policial que resultou na morte do cidadão Valdecir, na qual quatro policiais envolvidos foram presos. Todos nós sabemos que a Polícia Militar, assim como os demais segmentos militares do País, são taxados pelos brasileiros como sendo “organizações” corporativistas, que se blindam em defesa de seus próprios interesses e de falsas identidades, mesmo diante de situações claras de omissão, negligência, imprudência e até incompetência. Não há como prevê o posicionamento da Polícia Militar de Barroso diante daquilo que expressou publicamente o jornal e o site Barroso em Dia. O que esperamos , no mínimo, é que seja garantido à esses importantes meios de comunicação de nossa cidade o direito constitucional à informação.