PASSEATA PELA PAZ VAI
COBRAR DAS AUTORIDADES MAIOR ATENÇÃO COM A SEGURANÇA PÚBLICA
Manifestação acontece após assassinato de Wedson, quinto
homicídio em Barroso, somente em 2013
Somente em 2013, foram
cinco homicídios registrados na ex-pacata Barroso, que tem uma população
estimada em pouco mais de 20 mil habitantes. O último crime foi registrado na noite
de Natal. Durante uma briga, Wedson Vicente Maximiano (37) foi violentamente espancado por
quatro rapazes, que, após a agressão, atiraram a vítima nas águas do Rio das
Mortes. O corpo foi encontrado quatro dias depois preso a galhos às margens do
rio. O desentendimento ocorreu entre os bairros Jardim Bandeirantes e João Bedeschi.
Revoltados e assustados, familiares de Wedson
decidiram organizar uma passeata pela paz. Além do espírito de conscientização
por uma cidade menos violenta, o movimento vai cobrar das autoridades maior
atenção para com a segurança pública. “Barroso é uma cidade muito pequena para
tantos homicídios. Eu não desejo isso que estamos passando a ninguém. Mas, do
jeito que as coisas estão, hoje ou amanhã outra família poderá estar sofrendo
como a nossa. Então, a gente tem que pedir para as autoridades atenção
redobrada com a segurança pública, porque está ficando muito difícil, nós
estamos com medo, muito medo.”, enfatizou Claudineia de Lourdes Lopes, viúva de
Wedson, em entrevista exclusiva ao GIRANDO COM A NOTÍCIA.
A manifestação, que
promete ser um ato público pacífico, está marcada para o próximo sábado (11), às
15 horas, saindo da rua Guanabara, no Jardim Bandeirantes.
Dos quatro suspeitos pela
morte de Wedson, três já estão presos e um continua foragido. “Até então eu
estou acreditando no trabalho da polícia. Eu tenho fé, tenho esperança, porque
já existem boatos de que ele (o quarto suspeito) não está mais em Barroso,
fugiu para São Paulo.”, disse Claudineia.
Além dos cinco homicídios
em 2013, os barrosenses ainda aguardam a solução do caso Eloiza Fernanda da Silva. A jovem, de 21 anos, foi estuprada,
morta e seu corpo jogado num matagal à beira da rua da Cadeinha, a cerca de 200
metros do hospital. O crime ocorreu em 22 de dezembro de 2012, e até hoje não
foi elucidado. Segundo informações extraoficiais, a Polícia Civil trabalha numa
terceira linha investigativa pelo fato de as duas primeiras ações terem sido
realizadas sem sucesso.
Também o contraditório e recente caso de Valdecir
Gonçalves Ribeiro (25) continua nos questionamentos do povo de Barroso. Segundo
o portal de notícias Barroso em Dia, os
quatro policias envolvidos na ação militar, que resultou na morte do rapaz, já
estão trabalhando normalmente na cidade, depois de ficarem detidos no 38º
Batalhão de São João del Rei. São eles: soldados Prates,
Nascimento e Renato, e o cabo Tavares. O episódio ocorreu na manhã do dia 25 de
novembro de 2013.
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